Me sento
de frente para o tempo
E lembro
De quem me esculpiu
em carne
e sangue
De quem me refilou
com a ponta dos ossos
de um corpo cansado
De quem colocou a mesa
e me esperou
com a comida quente
Por noites
e noites
Lembro
De quem acordou
dormindo
Olhou pra mim
e disse:
_
Lembro até hoje
Quando volto
no tempo
Às vezes decido
ir embora
E voltar a amar você.
Julia Duarte.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Um poema para aquelas pessoas que salvam vidas sem fazer força.
Meu peito já doeu muito
Senti o amor saindo pela garganta
Arranhando o verso da carne
Dormi com o coração dilatado
Batendo com pressa
para viver de uma vez
Sangrei os joelhos
de tanto implorar
o fim
Lembrei tanto
do pranto de alguém
que hoje nem lembro o nome
Encontrei você.
Julia Duarte.
Senti o amor saindo pela garganta
Arranhando o verso da carne
Dormi com o coração dilatado
Batendo com pressa
para viver de uma vez
Sangrei os joelhos
de tanto implorar
o fim
Lembrei tanto
do pranto de alguém
que hoje nem lembro o nome
Encontrei você.
Julia Duarte.
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Quando você não me amou.
Encolhi os braços
para encaixar no desenho que você fez de mim
Arregalei os olhos
e apertei a boca
Foi quando ví
que o recheio dos teus traços
não era eu
Cresci na melodia
da música
que você escreveu
Mas a serenata
nunca subiu
pelo pé da minha janela
Virei o enigma
de um texto hermético
Como um chumbo
que cai na água
caí na cama
Macia
de abraço certo
Chorei
e me expulsei
criança
Vomitei versos
impressos no chão
A poesia marca o tapete.
Julia Duarte.
para encaixar no desenho que você fez de mim
Arregalei os olhos
e apertei a boca
Foi quando ví
que o recheio dos teus traços
não era eu
Cresci na melodia
da música
que você escreveu
Mas a serenata
nunca subiu
pelo pé da minha janela
Virei o enigma
de um texto hermético
Como um chumbo
que cai na água
caí na cama
Macia
de abraço certo
Chorei
e me expulsei
criança
Vomitei versos
impressos no chão
A poesia marca o tapete.
Julia Duarte.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Zero.
Para que serve o futuro
se você não consegue prever o agora?
Para que serve a resposta
se tudo que você tem são perguntas?
Enquanto isso
o passado muda a toda hora.
É como um livro que você lê
pela segunda vez.
É como uma ficha
que espera o balanço do vento para cair.
E assim, de repente.
tudo faz algum sentido.
Para que servem os planos
se a vida simplesmente acontece?
Não adianta buscar nos bolsos
dos casacos do inverno passado
o telefone do seu amor
Porque você não nasceu para repetir.
Nem casacos, nem amores.
Se o ar é fresco
o seu coração também merece ser.
Não deixe seus sonhos
recheando seu travesseiro.
Pegue uma tesoura
e fure pena por pena, sem pena.
Carregue seus sonhos
embaixo do braço.
Porque chegou a hora de usufruir.
And go.
Julia Duarte.
se você não consegue prever o agora?
Para que serve a resposta
se tudo que você tem são perguntas?
Enquanto isso
o passado muda a toda hora.
É como um livro que você lê
pela segunda vez.
É como uma ficha
que espera o balanço do vento para cair.
E assim, de repente.
tudo faz algum sentido.
Para que servem os planos
se a vida simplesmente acontece?
Não adianta buscar nos bolsos
dos casacos do inverno passado
o telefone do seu amor
Porque você não nasceu para repetir.
Nem casacos, nem amores.
Se o ar é fresco
o seu coração também merece ser.
Não deixe seus sonhos
recheando seu travesseiro.
Pegue uma tesoura
e fure pena por pena, sem pena.
Carregue seus sonhos
embaixo do braço.
Porque chegou a hora de usufruir.
And go.
Julia Duarte.
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