Ela vive assim
Implora paciência
Ajoelhada em cima da espuma
para fugir do repuxo
Reza solidão
mordendo um terço
cheio de água salgada
A espera
E mais nada
Sua vida
é a garantia
de uma paz adiada
Sua energia
é escassa
e dolorida em cada ponta
do corpo
saem estrelas de chumbo
que pesam as pontas dos cabelos
uma trança
de esperança
e a tontura de um litro de vinho
estragado
A espera
dela
é a minha dor
A vida dela
é a minha pauta
A vida dela
é a minha
Porque ela é minha
e dos meus irmãos.
Julia Duarte.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
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