A boca toca e pede
O beijo
Eu entrego e viro
Fogo
Você olha
E vem
Abraça o pranto
Que desfaz
Dor
Eu subo
E desço em você
Na pele branca
Da carne
Viva
Descoberta
Eu durmo
E hoje
Eu não sei
(juro que não sei)
O que fazer com o resto
Do seu cheiro
Talvez eu guarde
No fundo na alma
E ressuscite
Num dia longo
Porque os dias ruins demoram
E entram
por baixo da porta
Pela fresta da porta
Pelo sopro do vento
De repente
Fecho os olhos
E você vem
Abro os olhos e você vai
Apago a luz e você aparece.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Sereia
Escutei um “não” em silêncio
Pedi passagem ao senhor do mar
Prendi o ar
E mergulhei de olhos abertos
O sal entrou
O ar faltou
Mas eu subi só
Para viver
Decidi não morrer
Abri o peito
E da areia
ouvi cantos tímidos
Me fiz sereia
O sol queimou
o ódio
Enterrei a raiva
E construí um castelo molhado
Torres gigantes
Desformes com o vento
Ricas com conchas
Cheias de mim
Venha para um passeio
Até a sacada de pedras
Até o porão de peixes
Enquanto o teto ferve
Fique para uma noite
a beira do meu amor
Pedi passagem ao senhor do mar
Prendi o ar
E mergulhei de olhos abertos
O sal entrou
O ar faltou
Mas eu subi só
Para viver
Decidi não morrer
Abri o peito
E da areia
ouvi cantos tímidos
Me fiz sereia
O sol queimou
o ódio
Enterrei a raiva
E construí um castelo molhado
Torres gigantes
Desformes com o vento
Ricas com conchas
Cheias de mim
Venha para um passeio
Até a sacada de pedras
Até o porão de peixes
Enquanto o teto ferve
Fique para uma noite
a beira do meu amor
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Vem, vem.
Entrou pela minha janela
Uma brisa gelada
Balançou camisas, bolsas e um pedaço de mim
Certa de uma noite lenta
fiquei à espera
Cheia de medos e arrepios
Juntei as mãos e apertei os lábios
Do outro lado da rua, a luz gritou
E alguém acenou com olhos d’água
Rezei para que fosse você
No meio de uma cortina de gelo
E era
Você deitou quente
descansou a raiva
E grudou a alma na minha
Agora abro a janela todas as noites
Fico entre paredes e esperanças
Talvez exista um grande espaço entre nós,
e talvez um tempo.
E talvez exista apenas vontade
Hoje vivo de vento
enquanto a brisa não vem.
Uma brisa gelada
Balançou camisas, bolsas e um pedaço de mim
Certa de uma noite lenta
fiquei à espera
Cheia de medos e arrepios
Juntei as mãos e apertei os lábios
Do outro lado da rua, a luz gritou
E alguém acenou com olhos d’água
Rezei para que fosse você
No meio de uma cortina de gelo
E era
Você deitou quente
descansou a raiva
E grudou a alma na minha
Agora abro a janela todas as noites
Fico entre paredes e esperanças
Talvez exista um grande espaço entre nós,
e talvez um tempo.
E talvez exista apenas vontade
Hoje vivo de vento
enquanto a brisa não vem.
terça-feira, 14 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
Voltei pra mim e fiz um blog
Sou mais osso do que carne
Esqueço de comer
Só lembro quando o osso quebra
e vira farelo
Minha mãe sempre diz
“Leva o casaco e come”
Mas passo frio e fome
Há anos é assim
Hoje comecei a dieta
de engorde
Enquanto eu não abrir a boca
A alma grita
Vou limpar as gavetas
Tirar o pó
Encher os bolsos de nada
E vomitar a dúvida
Vou sair da forca sem pedir
Chutar o banco
Com o mesmo pé
que deslizaria em sua superfície
Voltei pra mim
Esqueço de comer
Só lembro quando o osso quebra
e vira farelo
Minha mãe sempre diz
“Leva o casaco e come”
Mas passo frio e fome
Há anos é assim
Hoje comecei a dieta
de engorde
Enquanto eu não abrir a boca
A alma grita
Vou limpar as gavetas
Tirar o pó
Encher os bolsos de nada
E vomitar a dúvida
Vou sair da forca sem pedir
Chutar o banco
Com o mesmo pé
que deslizaria em sua superfície
Voltei pra mim
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