Sou mais osso do que carne
Esqueço de comer
Só lembro quando o osso quebra
e vira farelo
Minha mãe sempre diz
“Leva o casaco e come”
Mas passo frio e fome
Há anos é assim
Hoje comecei a dieta
de engorde
Enquanto eu não abrir a boca
A alma grita
Vou limpar as gavetas
Tirar o pó
Encher os bolsos de nada
E vomitar a dúvida
Vou sair da forca sem pedir
Chutar o banco
Com o mesmo pé
que deslizaria em sua superfície
Voltei pra mim
domingo, 5 de agosto de 2007
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