Não seja mãe
sem ter dado a luz
Desenhe aquilo
que você pode contornar
Na hora de rezar
pense em você
Arranque da carne
o prazer entrelaçado nas costelas
Sopre o pó
dos seus pés aprisionados
Caminhe
Pisoteando o tic-tac
Você pode
o que quiser
Sua estrutura é maior
que a carcaça
O alcance de seus olhos
se faz pequeno
Como qualquer
ser humano em demasia
Não acoberte com os cílios
a vista da vida
Bata na minha porta
para um café forte
E acorde para nascer de novo
só para você.
Julia Duarte.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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