A falta dela
me corta a carne
A voz ausente
é tão grave
A camisola
veste a cadeira
Mas a cadeira
não é ela
E mesmo assim
eu sento e me basto
A foto dela
me corta os dedos
Como se de sua pele
brotassem espinhos
Gotas de lágrimas
espremem meus orgãos
Só crescem
Não saem
Guardo o choro
embaixo do pâncreas
E se falo dela
não é obsessão
Não é culpa
nem doença.
É saudade.
Julia Duarte.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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5 comentários:
A saudade é ilícita.
Quebre as leis comigo, Julia Duarte.
Lindo poema!
Parabéns!
Julia,
vim cá conhcer sua casinha.
Jóia a coisa. Legal essa história toda. Vamos trabalhando. Buenas, poeta.
muito bom.
:)
Muito bom o poema.
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