Eu digo
e não acredito
Eu digo
e repito baixinho
Eu digo
e ouço a voz tímida e trêmula
Eu digo
pra mim mesma
Eu digo
de novo
Eu digo
e ainda não acredito
Eu digo
um pouco mais alto
Eu grito
e me jogam tomates
Eu grito
e me acusam de mentirosa
Eu grito
e tentam pregar meus lábios
Eu grito
E muitos ensurdecem
Eu grito de novo
e a mentira vira verdade
Julia Duarte.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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6 comentários:
Aqui também é muito bom, cara Júlia. Aliás, mais dia, menos dia, você vai parar, não no Poema/Processo (que privilegia colagens e poemas gráfios, como você viu), mas no Balaio, tá?
Um abraço.
Pois é: menos dia menos, você já está no Balaio.
Abraços.
Eu silencio
e as nuvens estremecem
Olá Julia, Acabei de ler o seu poema no poema dia, e adorei, não contente quis conhecer um pouquinho mais sobre o autor, e cheguei até aqui, e me deparei com outros poemas maravilhosos, ta complicado agora, pq eu tenho um monte de coisas pra fazer, mas não consigo sair de frente do pc, nem parar de ler os seus posts...e a culpa é toda sua viu!!!rs
Parabéns pelo blog e pelos poemas, adorei!
Grande abraço
Ouvi um grito! Vento do sul?
Ecoa agora mesmo...
Reverbera nos paredões do pão de açúcar!
júlia:
pela hercília fui ao blog coletivo.
daí,apareço.
romério
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