Ela vive assim
Implora paciência
Ajoelhada em cima da espuma
para fugir do repuxo
Reza solidão
mordendo um terço
cheio de água salgada
A espera
E mais nada
Sua vida
é a garantia
de uma paz adiada
Sua energia
é escassa
e dolorida em cada ponta
do corpo
saem estrelas de chumbo
que pesam as pontas dos cabelos
uma trança
de esperança
e a tontura de um litro de vinho
estragado
A espera
dela
é a minha dor
A vida dela
é a minha pauta
A vida dela
é a minha
Porque ela é minha
e dos meus irmãos.
Julia Duarte.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Sei bem como é...
Ótima poesia Julia... Você escreve do jeito que eu gosto. estou seguindo você.
Um grande abraço.
Eduardo
PS: Quando tiver um tempinho faça-me uma visita e conheça meu trabalho.
ma faz pensar, adorei, tenho um texto com esse memso titulo, tantas abordagens para uma mesma palavra...
ah tantas vidas...amei a poesia!
saudades tuas
Postar um comentário