A boca toca e pede
O beijo
Eu entrego e viro
Fogo
Você olha
E vem
Abraça o pranto
Que desfaz
Dor
Eu subo
E desço em você
Na pele branca
Da carne
Viva
Descoberta
Eu durmo
E hoje
Eu não sei
(juro que não sei)
O que fazer com o resto
Do seu cheiro
Talvez eu guarde
No fundo na alma
E ressuscite
Num dia longo
Porque os dias ruins demoram
E entram
por baixo da porta
Pela fresta da porta
Pelo sopro do vento
De repente
Fecho os olhos
E você vem
Abro os olhos e você vai
Apago a luz e você aparece.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
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2 comentários:
o final é bom, eu diria, apoteótico.
hoje me disseram que os dias ruins são mais longos. coincidência fantástica. saudades de ti. abraço!!
gosto muito da maneira rápida que escreves e como as coisas vão ganhando sentido ao longo dessa corrida. "sereia" é uma das melhores coisas que eu li hoje.
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