Seus cabelos
abrem portas
e batem pernas
Se apresentam
e representam
um sonho vencido
Do alto
ela me convida
para um passeio
Na sua carne
Deito de olhos
abertos
Descubro
o que ela guarda
embaixo da roupa
Sua pele
segue minha língua
Sem atalhos
Fico horas e horas
sentindo seu corpo
igual ao meu
A água na cabeceira
me faz ter certeza
que ainda sou eu
Por mais um dia.
Julia Duarte.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Nossa! Que força, Júlia! São realmente boas as imagens, o ritmo, os olhares incomuns das coisas comuns, coisa de poeta. Grande abraço
Elegante e sensual.
Postar um comentário