Sou a cabeça
encostada na parede
Sou os braços
cruzados em cima do sofá
Sou as pernas
embaixo do chuveiro
Sou o fio de cabelo
no travesseiro quente
Sou a boca
dentro da geladeira
Sou os dedos
que dançam no piano
Sou os pedaços
que engolem espaços
Soltos no ar
Sou a promessa
escrita na mesa
Sou o diálogo
antes de dormir
Sou o que já fui
mas também ou que vou ser
Sou pela metade
do caminho
Sou a desconstrução.
Julia Duarte.
segunda-feira, 30 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
Ainda não sei quando vou voltar.
Foram dias
e noites
Anos
e anos
Eu me encolhi
Não foi de frio
Não foi de sono
Foi de medo
Meus ossos convidaram
a carne
para entrar
Aprisionando
o calor que movia o contorno
Da estrurura
balançada
A vergonha
intimida a coragem
Desfaz luzes
e espelhos
A pálpebra
esconde o brilho do olho
como um cobertor
que esconde
um corpo gelado.
Julia Duarte.
e noites
Anos
e anos
Eu me encolhi
Não foi de frio
Não foi de sono
Foi de medo
Meus ossos convidaram
a carne
para entrar
Aprisionando
o calor que movia o contorno
Da estrurura
balançada
A vergonha
intimida a coragem
Desfaz luzes
e espelhos
A pálpebra
esconde o brilho do olho
como um cobertor
que esconde
um corpo gelado.
Julia Duarte.
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