Tenho uma alegria
tímida
Um alívio
na fila de espera
Uma palavra
para um amigo
E outras tantas
escondidas
Tenho poetas
empilhados
Traços
declarados
Uma família
para atender
E uma folha de papel
para me ouvir.
Julia Duarte.
quarta-feira, 15 de abril de 2009
sábado, 4 de abril de 2009
No dia que o Diabo olhar para mim.
Mudo
Com tudo que carrego no bolso:
um par de luvas,
um caderno e dois terços.
Um terço é para pedir
o outro, para agradecer.
De joelhos
em cima da capa-dura.
Quando as luvas
Abraçam os dedos
Prorrogo
as marcas das digitais
Pelo menos
Até que as dobradiças façam reverência
As portas se abram
E o tapete se alongue no chão
Quero um jardim
Cheio de plantas
E sombras
Uma carruagem
Cheia de cavalos
E convidados.
Quero servos
Sem cérebros
E dentes
Uma dama de honra
Com a bandeja na extensão do braço
Oferecendo-me
A minha coroa.
Julia Duarte.
Com tudo que carrego no bolso:
um par de luvas,
um caderno e dois terços.
Um terço é para pedir
o outro, para agradecer.
De joelhos
em cima da capa-dura.
Quando as luvas
Abraçam os dedos
Prorrogo
as marcas das digitais
Pelo menos
Até que as dobradiças façam reverência
As portas se abram
E o tapete se alongue no chão
Quero um jardim
Cheio de plantas
E sombras
Uma carruagem
Cheia de cavalos
E convidados.
Quero servos
Sem cérebros
E dentes
Uma dama de honra
Com a bandeja na extensão do braço
Oferecendo-me
A minha coroa.
Julia Duarte.
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