quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Um poema para uma irmã chamada Joana.

Não seja mãe
sem ter dado a luz

Desenhe aquilo
que você pode contornar

Na hora de rezar
pense em você

Arranque da carne
o prazer entrelaçado nas costelas

Sopre o pó
dos seus pés aprisionados

Caminhe
Pisoteando o tic-tac

Você pode
o que quiser

Sua estrutura é maior
que a carcaça

O alcance de seus olhos
se faz pequeno

Como qualquer
ser humano em demasia

Não acoberte com os cílios
a vista da vida

Bata na minha porta
para um café forte

E acorde para nascer de novo
só para você.


Julia Duarte.

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