sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ela.

A falta dela
me corta a carne

A voz ausente
é tão grave

A camisola
veste a cadeira

Mas a cadeira
não é ela

E mesmo assim
eu sento e me basto

A foto dela
me corta os dedos

Como se de sua pele
brotassem espinhos

Gotas de lágrimas
espremem meus orgãos

Só crescem
Não saem

Guardo o choro
embaixo do pâncreas


E se falo dela
não é obsessão

Não é culpa
nem doença.



É saudade.




Julia Duarte.

5 comentários:

Sr. Despedaça Corações disse...

A saudade é ilícita.
Quebre as leis comigo, Julia Duarte.

Daniel Braga disse...

Lindo poema!

Parabéns!

Heyk disse...

Julia,
vim cá conhcer sua casinha.
Jóia a coisa. Legal essa história toda. Vamos trabalhando. Buenas, poeta.

Gabo Villalobos disse...

muito bom.
:)

Anônimo disse...

Muito bom o poema.