Meu desejo
eu guardo quente
No verso da língua,
no teto das mãos
Escondo tudo
como se fosse maldição
Há meses
vivo o que não vivo
Não abro a boca
nem as pernas
Acumulo o que sinto
Aperto o cinto do útero
Esmago o desejo
com medo da sua ausência
Julia Duarte
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
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