sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Vem, vem.

Entrou pela minha janela
Uma brisa gelada
Balançou camisas, bolsas e um pedaço de mim

Certa de uma noite lenta
fiquei à espera
Cheia de medos e arrepios
Juntei as mãos e apertei os lábios

Do outro lado da rua, a luz gritou
E alguém acenou com olhos d’água
Rezei para que fosse você
No meio de uma cortina de gelo

E era

Você deitou quente
descansou a raiva
E grudou a alma na minha

Agora abro a janela todas as noites
Fico entre paredes e esperanças

Talvez exista um grande espaço entre nós,
e talvez um tempo.
E talvez exista apenas vontade

Hoje vivo de vento
enquanto a brisa não vem.

Um comentário:

vanessa disse...

meu preferido.
beijo
nena