segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Socorro

O cérebro esquentou a noite

Aprisionou seu sono


Com linhas pretas

E uma agulha

Há de costurar a ferida


Enquanto a repulsa morre

E aos poucos seus olhos abrem

O cheiro de vida levanta

Como poeira que sobe


Para espirrar a dor

É preciso um tanto de liberdade


Foi quando saiu dos cantos

Removeu suas células perdidas

E pediu socorro


Mal sabia que colocar o vírus para fora

É dar as mãos para as cores

E largar as dores


Julia Duarte

Nenhum comentário: